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sábado, 25 de agosto de 2012

Os anos não apagaram as marcas da ditadura

     Mesmo após quase 30 anos do seu término, a ditadura militar ainda é um assunto muito delicado no território brasileiro. Pela primeira vez um torturador foi identificado e está sendo julgado de acordo com os crimes cometidos. Carlos Alberto Brilhante Ustra responde por um processo de danos morais e foi condenado, de primeira instância, a pagar uma quantia de 100 mil reais à família de um dos que foram mortos por tortura.
     O Brasil é o único país que não prendeu os torturadores da época, isso é visto com enorme “desprezo” pelo mundo e gera desgosto na população brasileira, que já realizou revoltas a favor de uma punição para o ditador identificado. 
     A Comissão da Verdade é um órgão que foi criado recentemente com o intuito de analisar e esclarecer violações aos direitos humanos cometidas na época da ditadura militar. Com a sua primeira reunião realizada no início desse ano, a comissão parece ter dado esperanças para diversas pessoas que lutam pela justiça. Infelizmente, alguns fatores “ajudam” os torturadores, como a Lei da Anistia, que impede processos contra agentes da ditadura (no caso de Ustra a lei não se aplica, pois se trata de uma acusação civil e não penal). O sigilo dos documentos oficiais dificultava a comprovação dos acontecimentos. Porém, esse quadro pode ser revertido com a Lei de Acesso à Informação, aprovada pela presidente Dilma Roussef, que obriga órgãos públicos a deixarem claras as suas atividades a qualquer cidadão interessado. 
     Os níveis de tortura eram absurdos, o sofrimento era causado pela simples repressão e sem uma justificativa coerente. Pessoas não podiam se expressar e ir contra o modelo político imposto. Alguma medida precisa ser tomada em prol daqueles que lutaram pelo nosso país. Mas, afinal, será que conseguiremos justiça?





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