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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Violência na Baixada Santista

Nesses últimos meses ocorreram muitos assassinatos na Baixada Santista, causando medo nos cidadãos e tirando o sossego de moradores de regiões periféricas de cidades da Baixada Santista com um suposto toque de recolher.
Em Cubatão 20 horas e final da noite de uma quarta-feira, sete pessoas foram baleadas. Todos os casos foram registrados na delegacia sede da cidade. NO primeiro um homem foi baleado na perna. Às 21h45, outro homem foi baleado também em uma das pernas, após uma hora, atiradores feriram um casal, que foi encaminhado ao pronto-socorro do Hospital Modelo. Já no final da noite, funcionários do Hospital Nove de Abril, região central da cidade, ligaram para a Polícia Militar informando que dois homens haviam dado entrada no pronto-socorro vítimas de disparos de arma de fogo e que os tiros teriam ocorrido a menos de 100 metros da unidade.
Na madrugada do mesmo dia, em São Vicente ocorreram mais atentados onde quatro pessoas foram mortas a tiros em pouco mais de uma hora. Eram 3h55 quando policiais militares foram acionados por moradores do bairro Catiapoã. Ao chegarem no local, encontraram dois homens baleados e mortos. Uma hora depois, no Parque São Vicente, pelo menos duas pessoas foram atingidas por disparos de arma de fogo e encaminhadas para o pronto-socorro do Centro de Referencia em Emergência e Internação (CREI), uma delas morreu. Às 5h05, viaturas da PM foram até uma esquina também em Catiapoã e no local, outro homem havia sido baleado e já estava morto. Até as 6h16 desta mesma manhã, nenhuma das vítimas havia sido identificada pela polícia nem suspeitos haviam sido detidos. Os dados dos três crimes foram encaminhados para o plantão do 1º Distrito Policial de São Vicente.
No município de Guarujá um suposto toque de recolher deixou as ruas pouco movimentadas em uma noite de segunda-feira. Parte do comércio fechou mais cedo e escolas suspenderam as aulas. A Polícia Civil afirmou que o toque de recolher não passava de um boato, mas apura o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) com o fato e também a ligação da facção criminosa com a onda de violência que atinge a cidade.
Seis pessoas foram mortas, entre elas um policial militar e duas foram internadas após terem sido baleadas. Um homem que divulgava a informação de que haveria outro toque de recolher foi detido na terça-feira seguinte aos atentados. Nesta mesma terça-feira outro homicídio também praticado por dois indivíduos de moto aconteceu em plena luz do dia, quase em frente ao 2º Distrito Policial do Guarujá. O comerciante Fabio Luiz Basílio, de 31 anos, foi atingido com pelo menos seis tiros de fuzil no final da manhã, em frente a uma agência bancária.
A onda de violência teve início às 18h45 do segundo domingo de outubro com o assassinato do policial militar da Força Tática Paulo Raphael Ferreira Pires, de 27 anos, que estava de folga. Ele foi morto com dez tiros de fuzil disparados por dois motoqueiros que cercaram seu carro em um semáforo no distrito de Vicente de Carvalho, periferia do Guarujá. Desde então, ocorreu uma sequência de quatro homicídios e duas tentativas até a madrugada de segunda-feira. Todas vítimas eram homens, maiores de idade e estavam em Vicente de Carvalho. Apenas uma delas tinha passagem pela polícia.
O delegado titular do 2º Distrito Policial de Vicente de Carvalho, Josias Teixeira de Souza, acredita que tanto os homicídios como os boatos de toque de recolher estão relacionados. Segundo ele, em um primeiro momento, a polícia trabalhou com a hipótese de que os crimes teriam sido praticados por um grupo de extermínio, que estaria agindo para vingar a morte do PM, porém a Polícia Civil agora acredita que os crimes tenham sido praticados por uma facção criminosa.
"O modus operante é completamente diferente (do utilizado por grupos de extermínio). O crime organizado está fazendo isso porque é uma guerra. Em uma guerra, cada exército usa as suas técnicas de guerra. A polícia usa a técnica dela, que é esclarecer, ir lá e prender. Eles usam o terror", disse o delegado, que trabalha com a hipótese de o PCC estar se vingando da prisão de uma quadrilha de 10 elementos ocorrida em março, que seria comandada por um "diretor" da facção.

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