O Amapá
faz acordos com a França, cresce e transforma-se
no maior pólo de migração do país.
Quando o ano terminar, 25 000 pessoas terão desembarcado
no Porto de Santana com o mesmo objetivo: começar
uma nova vida. Hoje, o Amapá é o Estado
que mais cresce em concentração demográfica
no país. A população vem aumentando
em média 5,3% ao ano, quase o dobro de Roraima,
o segundo colocado. E não é porque estão
nascendo milhares de pequenos amapaenses. O IBGE
credita o inchaço populacional à chegada
de imigrantes vindos do Pará e do Nordeste, principalmente
do Maranhão.
Nos últimos tempos o Estado, com
apenas doze anos de existência, vem se destacando
por indicadores socioeconômicos. O produto interno
bruto de 1999 será 7% maior em relação
ao do ano passado. O emprego na indústria local
cresceu 33% neste ano, enquanto no restante do país
caiu 23%. Com esse avanço, o serviço público
deixou de ser o maior empregador. Hoje, a iniciativa
privada já responde por quase 70% dos postos
de trabalho na região. A taxa de mortalidade
infantil é a segunda mais baixa do Brasil, com
23 mortes para cada 1 000 nascidos vivos.
França – A
amizade com a França parece esdrúxula,
mas tem uma explicação geográfica.
O Amapá está localizado no Planalto das
Guianas, uma região que engloba Guiana Francesa,
Suriname e Guiana. Para chegar lá, de qualquer
ponto do território nacional, é necessário
ir de avião ou barco. Não existe estrada.
Percebendo a proximidade com a Guiana Francesa, o governo
do Amapá resolveu abrir as portas para o vizinho
há quatro anos. Ao todo, são quinze
acordos assinados de cooperação com os
franceses.
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