Gozadores de Ideias: Batismo de Sangue

O filme “Batismo de Sangue” retrata a que podemos dizer crise brasileira em meados da década de 60, onde ocorre um golpe de estado e o país deixa de ser comandado por João Goulart e passa a ser comandado por militares, esse governo militar implantou uma ditadura que durou até mais ou menos o ano de 1985. Durante o governo militar foi implantado, no ano de 1968, o Ato Institucional numero 5 que cassou mandatos de deputados, senadores, prefeitos e governadores, fechou o Congresso Nacional por um tempo e proibiu reuniões e manifestações publicas contra os direitos democráticos da população brasileira. Indignados com a situação imposta pelo atual governo, grupos de esquerda decidiram tomar uma atitude e implantaram no país um movimento guerrilheiro, com o objetivo de acabar com essa ditadura imposta pelos militares. Como finalidade o regime imposto pelo governo ficou mais forte e a perseguição aos que se opunham a ditadura cresceu... essa época foi marcada pelo grande numero de brasileiros presos, desaparecidos e torturados até a morte. Concluindo, esse filme retrata o que pode ser considerado o período mais vergonhoso da historia do país, mostrando claramente como eram feitas as torturas e o quão agredidos foram os direitos humanos e a liberdade dos cidadãos. Qualquer pessoa que queira entender e conhecer a história tanto da ditadura quanto à politica atual, o filme Batismo de Sangue é indispensável. Através dele podemos ter uma noção de como os jovens "revolucionários" na época foram importantes para os avanços do Brasil nesses últimos anos, e como a participação social é importante para a construção de um país mais humano. O filme conta como o convento dos frades dominicanos torna-se uma das mais fortes resistências à ditadura militar vigente no Brasil. E como os frades "Tito", "Betto", "Oswaldo", "Fernando" e "Ivo", passam a apoiar logistica e politicamente o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado à época por Carlos Marighella. O grupo decide dispersar-se. Frei Ivo e Frei Fernando partem para o Rio de Janeiro, onde são surpreendidos e torturados por oficiais brasileiros que, acusando-os de traidores da igreja e traidores da pátria os torturam para tentar obterem informações de por onde anda o líder, Marighella, para uma futura execução. Após sérias torturas, os frades informam os locais e horários das reuniões onde eles se encontravam com Marighella, este foi encontrado e executado por policiais. Enquanto tudo isso acontecia, Frei Betto refugia-se no interior do Rio Grande do Sul onde é encontrado, preso, e juntado ao resto do grupo no presídio de Tiradentes. Os frades são posteriormente julgados e sentenciados a quatro anos de reclusão em regime fechado. Frei Tito é o único libertado, porém não consegue superar as seqüelas psicológicas sofridas após ser preso e torturado e acaba suicidando-se.