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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Imperialismo na África


O estado atual do continente africano é resultado de uma série de explorações, conflitos e enclaves territoriais que ocorreram nos séculos passados. Anteriormente às disputas entre as potencias mundiais pelo território, a África tinha um modelo político único, exclusivamente seu, que mantinha a paz entre os povos. Os conflitos eram simbólicos, ou seja, tinham um significado por trás de cada um deles, não havia matança sem motivo algum; o poder era hereditário (passado de pai para filho) e as fronteiras eram flexíveis. No século XV, quando começou o período das Grandes Navegações, Portugal e Espanha saíram em busca de novas terras, para assim, ter acesso a novas mercadorias e especiarias. Esses dois países chegaram à África e colonizaram o litoral. Foi o primeiro contato do continente africano com os povos europeus e a chegada desses, teve como consequência o aumento da escravidão, devido ao fato de que logo após a colonização começou a haver o tráfico negreiro. Portanto, Portugal e Espanha implantaram um elemento europeu no meio da população: o lucro. Conforme novos países foram ascendendo no cenário mundial, a corrida pelo domínio de territórios foi se tornando mais acirrada, fazendo com que a colonização avançasse continente adentro.
            No século XVIII na Europa as potencias europeias estavam tendo de lidar com impasses no avanço do capitalismo monopolista, pois a matéria prima estava escassa, o mercado consumidor saturado e a mão de obra europeia extremamente cara, portanto chegou a hora de buscar esses três elementos em outro lugar. O primeiro país a invadir a África, após Portugal e Espanha, foi a França, que impôs sua politica imperialista na Argélia, explorando demasiadamente o território. Essa exploração se estendeu e os franceses continuaram prosseguindo com sua conquista. Depois da França, os países que entraram na disputa foram a Inglaterra e a Alemanha que competiam pela região do Marrocos, uma área estratégica com passagem do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico (Estreito de Gibaltrar). Como não houve acordo, Marrocos passou a ser explorado por TODAS essas potencias. Inglaterra se interessou pela região do Egito, com passagem para o Oriente Médio (Ásia), Península do Sinai e Rio Nilo (acesso a todos os lugares da África) e então, apoiado pela França, começou a sua dominação. A entrada desses vários países no continente africano causou o rompimento das fronteiras entre os povos e a criação de fronteiras estipuladas pelos europeus, gerando enclaves territoriais, ou seja, povos inimigos agora estavam juntos numa mesma região, o que aumentou os conflitos e contribuiu ainda mais para a devastação do continente africano. A tensão e a disputa entre as potencias europeias foi aumentando tanto que eclodiu na 1ª Guerra Mundial.
            Após a 2ª Guerra Mundial, havia uma politica nacionalista estabelecida na África e nasceram então os países capitalistas e socialistas, gerando a Guerra Fria. Atualmente, nesta fase onde o neoliberalismo está vigorando, a África está completamente devastada e esgotada devido às explorações no período imperialista. A maior parte não alcançou o desenvolvimento e ainda é são subordinadas por potencias mundiais, o que faz com que haja uma profunda crise no continente africano. Além das sequelas econômicas e politicas, também a população sofre por conta das condições miseráveis e atrasadas em que vivem.

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